Abraçando os riscos e incertezas da vida

Edição #22: recap de Fevereiro, leituras do mês, filmes de verão e mais!

Mar 07, 2025

Um café entre amigas para conversar sobre os livros, a vida e outras paixões.

Um novo ano sempre começa com muitas expectativas, sonhos e metas. E apesar de ter definido objetivos mais realistas e escolhido “constância” como a palavra do meu 2025, seguir com os planos traçados não foi tão fácil assim.

Fevereiro foi um mês em que lutei muito com a procrastinação. Tinha clareza do que precisava fazer, mas me pegava adiando tarefas importantes e substituindo-as por outras - sempre com a desculpa de que pelo menos estava sendo produtiva.

Refletindo sobre os motivos dessa dificuldade, cheguei em um vídeo que dizia que a procrastinação e o perfeccionismo são mecanismos de defesa do nosso cérebro.

Afinal, o que é mais arriscado: ficar no sofá observando a vida dos outros ou colocar as suas ideias no mundo? Rolar o feed ou apertar o botão de publicar?

Percebi que muitas das coisas que me propus a ter constância esse ano, eram novas. E que o novo sempre envolve um risco. Envolve também aceitar que não teremos certeza do resultado final.

Um trecho do livro da Tamara Klink desse vídeo resumiu perfeitamente o que eu estava sentindo e ficou como destaque na minha página do Notion:

“Será preciso aceitar que o barco nunca estará pronto. Nem eu. E que jamais terei certeza de que saberei fazer um caminho que nunca fiz.”

Ela está falando de um contexto muito diferente, mas que pode ser aplicado a qualquer outro. Não importa se você vai cruzar o atlântico sozinha ou aceitar um desafio diferente na sua carreira - sempre haverá o medo de percorrer caminhos que nunca fez.

Como seres humanos, é natural buscar a segurança e o conforto no conhecido. Porém, esse mecanismo de defesa não pode nos impedir de tentar coisas novas.

É preciso dar um salto de fé, aceitar o frio na barriga dos riscos necessários e acreditar que a coragem de trilhar novos caminhos será recompensada.

Com amor,

Amanda

📚 O que eu li em Fevereiro

Depois de alguma leituras mornas em Janeiro, queria ler algo mais instigante e que realmente me prendesse do início ao fim. Por isso, nada melhor do que mergulhar nos livros de fantasia. Resolvi dar uma chance para a série queridinha do momento!

Quarta Asa, Rebecca Yarros

A história acaba lembrando vários elementos de séries famosas como Harry Potter, Jogos Vorazes e Eragon - mas, pra mim, essa é a graça. Achei bem legal ter uma protagonista mais fraca fisicamente, que precisa usar a inteligência para sobreviver em um meio tão hostil. Além disso, tem uma reflexão de como o verdadeiro poder nesse mundo é dos escribas: aqueles que têm a habilidade de mudar a história e criar narrativas. Um livro cheio de clichês, mas instigante e gostoso de ler!

“Uma geração decide mudar o texto. Outra escolhe ensinar aquele texto. A geração seguinte cresce e a mentira se transforma em história.”

Chama de Ferro, Rebecca Yarros

Parti logo para o segundo volume porque estava envolvida com a história! Esse acabou sendo um pouco mais parado e lento do que o anterior. Aqui, há um desenvolvimento maior tanto do conflito político, como do romance entre os protagonistas. Admito que a mocinha me irritou em várias partes e alguns capítulos foram maçantes. Mas apesar desses pontos negativos, ainda quero continuar a série!

“Porque amor, lá no fundo, é esperança. A esperança do amanhã. A esperança do que poderia ser. A esperança de que aquele a quem você se confiou por inteiro vai te resguardar e te proteger de tudo. E a esperança? Essa merda é mais difícil de matar do que um dragão.”

🍿 Filmes & séries assistidos

Já falei para vocês que adoro combinar livros com estações do ano, e com os filmes não é diferente. Gosto de reassistir algum filme favorito dos anos 2000 todo mês, e agora que o verão está chegando ao fim, as escolhas de Fevereiro foram essas:

Se você nunca assistiu Mamma Mia, precisa dar uma chance! É a Meryl Streep em seu melhor, em um musical clichê, divertido e despretensioso. O filme é extremamente divertido, com as lindas paisagens da Grécia como pano de fundo. Um filme perfeito para o verão! Minhas músicas preferidas são: SOS, Mamma Mia, Slipping Through My Fingers e Dancing Queen.

Cartas para Julieta é uma comédia romântica clássica dos anos 2000, coincidentemente com a mesma atriz que faz Mamma Mia. Uma história que foge um pouco do clichê, ambientada nas lindas paisagens do verão italiano. Um dos meus sonhos até hoje é conhecer a Casa da Julieta, em Verona! O filme também tem várias músicas da Colbie Caillat na trilha sonora, uma cantora que eu ouvia muito na época.

☕ Queridinhos da rotina

Conteúdos, produtos, dicas e tudo que tem inspirado a minha rotina!

Uma grande influência para eu ler Quarta Asa foram as videobook novelas do Ricardo Villardo! Um conteúdo muito engraçado e original.
Esse episódio sobre amizades da Lu marcou bastante o meu mês, me trazendo várias reflexões pertinentes sobre o tema.
Na tentativa de usar menos o Instagram, estou usando mais o app do Substack e adorando! Uma rede social de newsletter que me dá muito menos FOMO e ansiedade.

📸 Momentos offline

Contei por aqui que uma das minhas metas é viver mais experiências offline esse ano, né? Por isso, quando a minha amiga me chamou para correr às 6h30 da manhã com um grupo de corrida, eu topei.

Dando um contexto: tentei começar a correr ano passado, fazendo alguns treinos intervalados que vi em um app por conta própria. Entre altos e baixos, meu condicionamento ainda não é dos melhores, mas já vi uma evolução.

Até cheguei a ir atrás de assessoria de corrida na época, mas senti que não era o momento de investir nisso. Então quando a minha amiga me contou que conhecia um grupo de corrida gratuito na minha cidade, fiquei super feliz.

Acordar 5 horas da manhã não é comum ou natural pra mim, então o horário por si só já foi um desafio. Mas como me comprometi com a minha amiga, lá fomos nós encontrar o grupo nesse horário.

Posso dizer que ter companhia e correr com outras pessoas fez toda a diferença! Também foi a primeira vez que tentei correr 5 km direto. Precisei parar e caminhar em alguns momentos, mas fiquei muito orgulhosa de ter concluído o desafio. Também estou animada para ir em outros treinos do grupo!

Depois da corrida, claro que fomos tomar um cafezinho. Fica o incentivo para você procurar grupos assim na sua cidade e fazer novas amizades.